O MEC negou que a iniciativa seja uma forma de privatizar o ensino público, mas sim de criar uma nova forma de financiá-lo.
Estudantes, professores, representantes de movimentos sociais, políticos e pessoas ligadas a educação se reuniram em protesto na manhã desta terça-feira (13), o ato deu inicio no Campo Grande e seguiu pelas ruas em direção à Praça Castro Alves.
De acordo com organizadores cerca de 18 mil pessoas participam do ato, intitulado de como 'Tsunami da Educação', ainda de acordo com os manifestantes a ação é em defendesa da educação e autonomia universitária. Além da defesa os representantes discordam do programa 'Future-se', do Ministério da Educação (MEC), segundo os estudantes, o Future-se visa terceirizar o financiamento da educação pública.
O programa muda regras de financiamento das universidades e permite a captação de recursos próprios, através de parcerias com organizações sociais e a União. Segundo o Ministério da Educação (MEC).
Em entrevista ao Site PERNAMBUÉS AGORA, a estudante Carolina diz qure é um ato nacionalmente, em defesa da educação pública e de qualidade e contra o projeto, “ para n[os o projeto que para nós representa a privatização da Universidade Pública, a gente denuncia esse projeto colocado pelo Ministério da Educação, pelo governo Bolsonaro, do desmonte na educação, queremos um projeto que seja de fato do povo brasileiro e nós da UFBA estamos construindo junto com os três setores, ASSUFBA, ABUP E DCE DA UFBA, um calendário de lutas”. Disse a estudante Carolina Anise do Diretório Central de estudantes da UFBA.
Cortes
Na gestão de Bolsonaro, a pasta da Educação sofreu 6,1 bilhões de reais em bloqueios, de um orçamento total previsto de 25 bilhões de reais. Recentemente, o MEC anunciou um valor de 348,4 milhões de reais, destinados à produção, aquisição e distribuição de livros e materiais didáticos e pedagógicos para a Educação Básica.
Proposta Future-se, para o Governo Federal
O Future-se é uma iniciativa proposta pelo Ministério da Educação (MEC), com o objetivo de aumentar a autonomia administrativa das universidades federais. Como essas instituições sofrem com contingenciamentos e alegam que têm suas atividades prejudicadas com os bloqueios de orçamento, a solução apresentada pelo governo é firmar parcerias entre a União, as universidades e as organizações sociais.
O Future-se também estimularia que as instituições captassem recursos próprios, que auxiliassem na sua manutenção. O MEC reforça que não se trata de privatizar o ensino público, e sim de criar uma nova forma de financiá-lo. A cobrança de mensalidades em cursos de graduação, mestrado e doutorado está descartada, segundo o governo.