Rede criminosa está ligada aos incêndios na Amazônia, diz ONG
17 de Setembro de 2019 - Redação Pernambués agora
Um relatório do HRW revelou que o desmatamento ilegal e as queimadas na Amazônia estão relacionados a uma rede de criminosos
Um relatório elaborado pela ONG de direitos humanos Human Rights Watch (HRW) divulgado nesta terça-feira (17) revelou que o desmatamento ilegal e as queimadas na Amazônia estão relacionados a uma rede de criminosos que intimidam defensores do meio ambiente no país.
Com 169 páginas, o documento "Máfias do pê: como a violência e a impunidade impulsionam o desmatamento na Amazônia brasileira" afirma que os criminosos pagam por mão de obra, por grandes maquinários (motosserras, tratores, correntes, caminhões), e por proteção de milícia armada contra quem tenta denunciar os crimes.
Além disso, eles ameaçam povos indígenas, agricultores, funcionários públicos e até policiais. Os alvos do crime são os chamados "defensores da terra”. Segundo a HRW, a destruição da floresta é uma consequência da grilagem, um crime que ocorre quando a terra é tomada por pessoas que se apropriam dela ilegalmente.
Os criminosos desmatam, queimam e colocam gados no pasto restante e depois vendem tudo com documentos falsos, "legalizando" o espaço invadido. Além disso, o relatório revela que o governo brasileiro fracassou ao tentar investigar e processar os responsáveis pelos crimes ambientais e documenta 28 assassinatos, a maioria registrado após 2015, nos quais os criminosos estavam envolvidos com a destruição da floresta. Os dados revelaram que a maioria das vítimas era indígenas ou membros de comunidades locais.
"Os brasileiros que defendem a Amazônia estão a enfrentar ameaças e ataques de redes criminosas envolvidas em extração ilegal de madeira", afirmou Daniel Wilkinson, diretor de direitos humanos e meio ambiente da Human Rights Watch. De acordo com ele, a "situação só está a piorar com o presidente [Jair] Bolsonaro, cujo ataque às agências ambientais do país está a colocar em risco a floresta tropical e as pessoas que vivem lá".
O texto foi elaborado a partir de mais de 170 entrevistas realizadas entre 2017 e 2019 com moradores do Pará, Maranhão e Rondônia, além de membros de povos indígenas, agricultores e representantes de Instituições
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