Desde 1985, em 3 de agosto, é comemorado o Dia do Capoeirista
Uma das expressões culturais brasileiras mais conhecidas fora do País, a roda de capoeira é registrada como patrimônio imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Criada no século XVI por descendentes de povos escravizados africanos, a capoeira mistura dança, luta e música. Durante as rodas, a manifestação cultural combina ritmos e movimentos de danças africanas, golpes de arte marcial e a plasticidade de passos e acrobacias. O nome capoeira vem do antigo local onde os escravos jogavam o jogo – em tupi, significa ‘mata que foi’.
Apesar da riqueza cultural, a capoeira sofreu para ser reconhecida e respeitada como manifestação da cultura brasileira. Em 1890, o então presidente Marechal Deodoro da Fonseca proibiu o jogo em todo o território nacional. A restrição teve fim apenas em 1937, quando Mestre Bimba – considerado um dos maiores capoeiristas por ter criado a Luta Regional Baiana – apresentou a capoeira a Getúlio Vargas. O presidente não só anulou a proibição como transformou a capoeira em esporte nacional brasileiro.
A escolha do 3 de agosto para celebrar o Dia do Capoeirista é uma homenagem à criação da Lei nº 4.649, de 1985, do governo do estado de São Paulo, que instituiu oficialmente esta data como comemoração a todos os capoeiristas. No entanto, em nível nacional, ainda não existe uma lei que oficialize o Dia do Capoeirista no Brasil (projeto de lei sobre o tema está em tramitação no Congresso Nacional).
Capoeira na música
A música e a capoeira têm uma relação íntima e vários músicos brasileiros compuseram ou interpretaram músicas baseadas na manifestação cultural, como Vinícius de Moraes, Gilberto Gil, Baden Powell e Elis Regina, entre outros. Confira abaixo algumas das obras musicais mais relevantes influenciadas pela capoeira.