Instituições federais baianas reagem a determinação do MEC sobre retomada das atividades presenciais
02 de Dezembro de 2020 - Redação Pernambués agora
As instituições de ensino federais baianas reagiram de forma negativa a decisão de Ministério da Educação (MEC) em relação ao retorno das aulas presenciais já no dia 4 de janeiro de 2021
Em comunicados oficiais, as Universidade Federal da Bahia (Ufba) e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) informaram que não vão iniciar as atividades presenciais em janeiro do ano que vem, principalmente por conta do crescimento de casos da Covid-19 no país.
A Ufba reiteirou, através de nota, os termos da Resolução 04/2020, aprovada no dia 27 de novembro por seu Conselho Universitário, que expressa o zelo e a responsabilidade acadêmica e institucional da Universidade, não colocando em risco a vida de sua comunidade.
Com isso a Ufba informa que mantém as aulas online no primeiro semestre de 2021. Já a UFRB pontuou, através de comunicado do seu reitor, Fábio Josué Souza dos Santos, que encara com estranheza a decisão do MEC e que, levando em conta o perfil de estudantes da instituição, “necessitaria deslocar-se entre as diferentes cidades, mobilizando uma rede de transporte, o que certamente se constituiria em um forte vetor de contaminação”.
Para o estudante de letras da Ufba, Rafael Almeida, a portaria do MEC é irresponsável, principalmente com a segunda onda da Covid-19 que acontece no Brasil.
“Eu não pretendo retornar as atividades presenciais. João Salles foi excelente, sendo rápido e atento em responder uma pergunta que toda comunidade Ufba estava se fazendo. Concordo que o posicionamento dele, mas sei que isso coloca a comunidade da instituição em desafios para 2021 muito difíceis”, comenta o estudante.
Apesar da necessidade de se manter em casa por conta da pandemia, Rafael também se preocupa com a falta de ocupação física dos espaços da universidade. “Se por um lado é seguro que continuemos em casa, por outro não ocupar fisicamente os espaços da universidade pode gerar um discurso de que a universidade deve ser privatizada”, pontua.
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