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“A situação é caótica”, garante Dinha após balanço na gestão

19 de Janeiro de 2017 - Redação Piatã

Dívidas deixadas pela gestão anterior devem passar de R$30 milhões.

O prefeito de Simões Filho, Diógenes Tolentino (Dinha), fez um balanço dos seus 18 dias à frente da administração do município da Região Metropolitana de Salvador (RMS), sexta maior economia do estado. O gestor simõesfilhense apontou as principais dificuldades encontradas ao assumir uma prefeitura que, segundo o próprio, está em um estado caótico, deixado pelo seu antecessor.
“Sinceramente, não imaginávamos encontrar uma situação tão grave como nós encontramos. Estamos tentando colocar tudo em ordem, mas, por falta de informações, de documentos, estamos tendo dificuldade até para iniciarmos o nosso orçamento. Ainda não recebemos a contabilidade, não sabemos o que temos de restos a pagar”, lamentou o prefeito, ao lembrar que a nova gestão, ao tomar posse no último dia 2 de janeiro, sustou R$ 6 milhões de contratos com fornecedores firmados anteriormente para garantir o pagamento dos salários atrasados de dezembro de todo o funcionalismo público. A quitação dos vencimentos dos servidores municipais foi realizada na última quinta-feira (12).
Dinha também apontou para o atual estado de abandono da sede do Poder Público Municipal e de toda a estrutura administrativa. Segundo o prefeito, a situação é “delicada”. “O prédio da prefeitura está totalmente sucateado, faltam equipamentos, os veículos estão sucateados, nem uma pá sequer encontramos, para se ter uma ideia da grave situação”, informou o prefeito.
Para o novo gestor, a palavra ‘ordem’ não fazia parte do vocabulário da administração anterior. “Encontramos todos os departamentos completamente desorganizados, sem nenhum acervo administrativo, sem estrutura para se trabalhar, um cenário administrativo que tem refletido na vida dos munícipes atualmente: caos no transporte, na saúde, na educação, na infraestrutura”, alertou.
O prefeito ainda chamou atenção para as dívidas deixadas pela gestão passada. “A longo prazo, a dívida é de quase R$ 300 milhões. A curta prazo, podemos chegar a 30 milhões de reais e esse valor pode subir porque ainda aguardamos informações do grupo que governava a cidade”, disse o administrador, ao acitar medidas tomadas como forma de garantir o mínimo funcionamento da máquina pública. “Determinei à Secretarias da Administração e da Fazenda que não realizem nenhum tipo de pagamento, porque a nossa intenção é priorizar o servidor. Nossa previsão é pagar a folha de janeiro entre o dia 20 e 30 desse mês”, anunciou Tolentino.
No final, Dinha voltou a conclamar o apoio da população durante este período em que a nova gestão se debruçará para arrumar a casa. “Nós estamos trabalhando, mas é importante que o povo de Simões Filho tenha paciência, porque não podemos mudar as coisas da noite para o dia. Estamos implantando um novo modelo de gestão. Uma gestão ordenada, com eficácia, transparência e uma política de progresso que a nossa cidade tanto necessita”, garantiu.

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