Fofoca

Dançarina baiana é presa por tráfico internacional de mulheres

20 de Fevereiro de 2017 - Redação Piatã

Carla Minhoca é acusada de integrar um grupo acusado de atuar em uma rede de prostituição.

A dançarina baiana Carla Minhoca – Carla Sueli Silva Freitas, foi presa suspeita de exploração a brasileiras na Itália e na Eslovênia, na última quarta-feira (15). A baiana, que é ex-dançarina da banda Fantasmão e do cantor Silvano Salles, é acusada integrar um grupo acusado de atuar em uma rede internacional de tráfico de pessoas e prostituição.
Na noite de domingo (20), na mesma operação foram presas outras 14 pessoas. Carla foi detida em companhia de Dayana Paula Ribeiro da Silva e Emanuella Andrade Bernardo na Itália, em uma ação conjunta entre as polícias federais italiana e brasileira e a Interpol. A operação também aconteceu na cidade de Fortaleza, no Ceará, onde cinco estrangeiros foram capturados.
Segundo informações, o grupo agia desde 2010 e de lá para cá, já levou para a Europa mais de 150 mulheres. Cada programa custava 200 euros (cerca de R$ 620) e a quadrilha ficava com metade desse dinheiro. Explorando 20 brasileiras, eles podiam ganhar 10 mil euros por dia (cerca de R$ 65 mil).
Se condenados, os envolvidos com a quadrilha podem pegar 25 anos pelos crimes de tráfico internacional de pessoas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, era grande a remessa de dinheiro movimentado pela quadrilha entre a Eslovênia, a Itália e o Brasil. Em um único dia, por exemplo, a quadrilha recebeu em uma conta bancária em Fortaleza R$ 1 milhão. As brasileiras viviam na cidade italiana e usavam um hotel em Nova Gorítza, na Eslovênia, para se prostituir. O principal ponto era a boate eslovena 'Marguerita', que deu nome à operação da Polícia Federal.
O esquema utilizava várias agências de turismo, uma delas, do italiano Marco Paolo Villa, que também foi preso na operação. Segundo a polícia, a agência financiava as passagens das brasileiras que, depois tinham de reembolsar o valor se prostituindo.
A operação que prendeu o grupo começou ainda de madrugada. Em um condomínio da Avenida Beira-Mar, em Fortaleza, a Polícia Federal prendeu os eslovenos Vito Camerník e Tíne Mótoh, suspeitos de fazer parte da rede que explorava brasileiras na Itália e na Eslovênia. Três italianos – Marco Paolo Villa, Flávio Frúgis e Pasquale Ferrante – também foram presos.
A Polícia Federal informou que, na verdade, as brasileiras trabalhavam em dois turnos e também em uma segunda boate, a Faraon na mesma cidade eslovena. Elas tinham que fazer no mínimo seis relações sexuais por dia. No horário lá de 7 da noite às 3 da manhã. Terminava lá na boate Marguerita, elas iam para a outra boate, Faraon, e lá também teriam que manter outras relações sexuais”.
Um advogado que se apresentou em Fortaleza como amigo das brasileiras presas que elas não se manifestariam sobre o assunto. O advogado do italiano Flávio Frúgis nega as acusações e diz que ele é apenas funcionário de uma empresa que vende passagens aéreas em Fortaleza. O advogado de Tíne Mótoh diz que todas as mulheres que foram para a Eslovênia foram por vontade própria, sabendo que iriam se prostituir.

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