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Padrasto é suspeito de abusar e engravidar jovem de 12 anos na BA

29 de Agosto de 2013 - Piatã

Mãe da garota também está grávida, de seis meses. Caso foi denunciado por escola; homem está foragido.

O padrasto de uma jovem de 12 anos é suspeito de abusá-la sexuamente e engravidá-la no município de Itabuna, sul da Bahia. O caso foi denunciado à Vara da Infância e Juventude da cidade por representantes da escola onde a menina estuda. O homem está foragido.

"Ameaçava muito. Eu ficava com medo, chorava, mas só que eu não podia fazer nada. Era muito difícil porque eu ia para a escola. Os meninos tudo ficava perguntando, porque eu ficava assim desse jeito, minha barriga crescendo muito, e eu não sabia dizer o que era. Eu gostaria que ele estivesse preso para nunca mais ver a cara dele", diz a menina.

A mãe da garota, que prefere não se identificar, também está grávida, de seis meses, e afirma que foi diagnosticada com leucemia e sífilis, doença sexualmente transmissível. Ela diz que notou a mudança no comportamento da filha, mas não teve coragem de denunciar o companheiro.

"Quando eu fiquei sabendo de toda a verdade ele começou a me ameaçar, ele ameaçava os meus filhos. Dizia se eu contasse alguma coisa que me matava, matava meus dois filhos. Então eu fiquei sem saber o que fazer, sem poder pedir ajuda pra ninguém", afirma a mulher.

Por questões de segurança e bem estar, a jovem está morando em um abrigo. Mãe e filha estão sendo atendidas pelo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas).

"Nós realizamos logo a intervenção psicossocial, a psicóloga do Creas foi diretamente para o hospital para fazer o atendimento da adolescente com a mãe. A gente também encaminhou a mãe para o auxílio moradia, para que ela não ficasse mais dependendo financeiramente do companheiro", relata Alana Del Rey, assistente social.

A família também tem acompanhamento psicológico semanal.

"É uma criança que vai ter outra criança. Então o Creas já está acompanhando desde o momento que ela estava internada no hospital e já vai estar entrando nesse apoio psicológico para que essa criança tenha essa reconstrução de sua história", observa Gerbara Dias, psicóloga

"Esse tipo de crime, na minha opinião, é o mais hediondo dos crimes porque ele rouba a infância de uma criança, as sequelas serão indeléveis, para o resto da vida. É muito importante que as pessoas denunciem, que os professores, diretores de escola, observem seus alunos. Verifiquem comportamentos estranhos, que chamem atenção, de repente um comportamento anormal ao aluno pode ser um pedido de socorro para uma situação dessa, de abuso sexual", destaca Marcos Bandeira, juiz da Vara da Infância e Juventude.

Casos como esse podem ser denunciados por telefone, pelo número 100.

Maternidade aos 12 anos

O caso de uma outra garota de 12 anos que diz ter engravidado do primo chamou a atenção por causa da pouca idade da mãe. Segundo a médica obstetra, Itana Passos, do Iperba, uma maternidade estadual que mantém um programa voltado para adolescentes grávidas, esse tipo de gestação exige acompanhamento especial. “Em um pré-natal normal preconiza se fazer três ultrassonografias, pelo menos, durante toda a gestação. Em uma criança dessa idade é importante que se faça mais, para se fazer um acompanhamento do crescimento fetal intrauterino, se está um crescimento adequado pra cada mês de gestação”, destacou a médica.

De acordo com o médico Amazo Mizarala, que atua na maternidade Professor José Maria de Magalhães Neto, em Salvador, no dia em que a adolescente deu à luz, outras cinco crianças nasceram de mães também adolescentes, entre elas, uma de 13 e quatro de 14 anos. A Secretaria da Saúde afirma que, em 2011, foram mais de 46 mil partos em mulheres de 10 a 19 anos. No ano passado, foram 40.350.

"É extremamente preocupante, porque o parto em uma adolescente significa mais doenças tanto para a mãe como para a criança. Nós temos mais prematuridade, eclâmpsia, infecção, temos vários problemas de saúde. São mulheres que não se desenvolveram fisicamente e que leva a ser operada, fazer cirurgia e ter mais complicações também", explica o médico Amazo Mizarala.

*G1.

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