Saúde

Na Bahia, 76% dos professores tiveram doenças psicológicas na pandemia

15 de Outubro de 2021 - Correio24h
[Na Bahia, 76% dos professores tiveram doenças psicológicas na pandemia]

As crises de ansiedade, de pânico e depressão foram apontadas como os casos mais frequentes

No dia em que se comemora o dia do professor, 15 de outubro, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) divulga que 76% dos professores foram cometidos por doenças em 2020, quando aconteceu a pandemia da covid-19 e alerta a importância de a categoria cuidar da saúde mental.

A APLB entrevistou mais de 6 mil professores da rede municipal e estadual de toda a Bahia. “Em 2021, já percebemos o aparecimento de casos mais graves ainda. Tivemos um aumento de 45% no atendimento de professores com a síndrome de burnout, por exemplo”, relata a psicanalista e professora aposentada Zenaide Barbosa Ribeiro, diretora da APLB. Ela acredita que o aumento desses casos graves foi causado pela falta de preparo dos professores para fazer o ensino remoto e, agora, o presencial. 

“Não pensaram na saúde mental deles quando fizeram esse retorno. As escolas estão despreparadas e os alunos não usam máscara ou fazem um distanciamento adequado. Os professores ficam perdidos assim. Nessa semana mesmo, atendi um caso bem grave”, relata.   

Ainda para Zenaide, a maior parte das doenças dos trabalhadores da educação foi causada por problemas psíquicos durante a pandemia. “São problemas de saúde que vieram da ordem emocional. Tanto que, depois que começa a terapia, nós percebemos uma melhora no quadro geral de saúde”, diz. Ela ajudou a implantar, em abril de 2020, um projeto no sindicato que atende os profissionais que precisam de assistência psicológica.  

“Começamos com três psicólogos e hoje estamos com 14. Mesmo assim, ainda temos fila de espera com 15 professores. Por mês, em média, são feitos 476 atendimentos. Todos os psicólogos trabalham por um valor social pago pela própria APLB. Nós até tentamos fazer uma parceria com o Governo do Estado, mas eles queriam que os psicólogos trabalhassem de graça. Assim não dava”, comenta. 
 

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