A direção do Hospital Geral Roberto Santos divulgou nota em que não falou sobre o caso de Laura, mas afirmou que a escala dos profissionais da especialidade não opera com quadro completo. A unidade de saúde negou desassistência de profissionais.
Foto: Divulgação / Hospital Geral Roberto Santos
Pacientes denunciaram a falta de anestesistas no Hospital Geral Roberto Santos, umas das principais unidades públicas de Salvador. A situação afeta a situação da pequena Laura Santos, de um ano, que está internada nas Obras Irmã Dulce (Osid) com um tumor na laringe e precisa ser regulada à unidade para ser submetida a uma cirurgia.
A direção do Hospital Geral Roberto Santos divulgou nota em que não falou sobre o caso de Laura, mas afirmou que a escala dos profissionais da especialidade não opera com quadro completo. A unidade de saúde negou desassistência de profissionais.
Segundo o Hospital Roberto Santos, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) trabalha para ampliar o número de anestesistas na unidade.
Sobre a remarcação de cirurgias, a unidade informou que a suspensão dos procedimentos podem ser feitas pela necessidade de priorizar casos de maiores urgências, estado de saúde do paciente ou reservas de leitos.
Segundo a mãe de Laura Santos, Mônica Santos, a bebê foi diagnosticada com o tumor na laringe há cerca de quatro meses. A situação é grave por causa da idade da paciente.
"Ela se encontra intubada, correndo risco de morte, porque esse tumor expandiu. Ela está com um líquido na cabeça, que está jorrando pelo nariz", contou Mônica Santos.
De acordo com Mônica Santos, a informação de que a bebê não pode ser regulada por falta de anestesistas no Roberto Santos foi passada por funcionários da Osid.
"É preocupante, porque enquanto não surgir essa vaga no Roberto Santos, para fazer a cirurgia, ela corre risco".
Na última semana, Laura foi regulada para o Hospital Municipal de Salvador, onde médicos fizeram uma análise do tamanho do tumor. Depois, foi levada para o Hospital do Subúrbio, onde seria feita uma drenagem na cabeça.
O procedimento não foi feito, porque havia crianças com Covid-19 na enfermaria da unidade. Os funcionários do Hospital do Subúrbio entenderam que não havia necessidade de arriscar a infecção da bebê para fazer a drenagem.
Com isso, Laura voltou para as Obras Sociais Irmã Dulce, onde aguarda a regulação para o Roberto Santos.