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O consumo de cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes, tem gerado preocupação entre médicos e especialistas devido ao uso crescente entre adolescentes e jovens. Durante entrevista à rádio Antena 1 Salvador, a pneumologista e intensivista Carla Nascimento destacou os riscos à saúde associados ao produto.
A médica, ligada à Afya/UniDomPedro, explicou que a facilidade de acesso aos dispositivos no Brasil tem favorecido seu uso em escolas e outros ambientes. “Muitas vezes, os pais não sabem. Já vimos casos de jovens fumando por mais de um ano sem o conhecimento da família. Eles escondem os dispositivos sob os casacos ou bolsas, e como o cheiro se assemelha ao de frutas, é mais difícil perceber”, afirmou Carla.
Baseando-se em estudos recentes, a pneumologista alertou sobre os impactos à saúde mental e física. Segundo um levantamento, cerca de 13% dos usuários de vapes possuem níveis de nicotina no sangue superiores aos fumantes de cigarros tradicionais, com alguns casos indicando valores seis vezes maiores.
“Isso nos preocupa profundamente, pois os danos à saúde podem ser irreversíveis, incluindo dependência severa e complicações respiratórias graves”, alertou a especialista.