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Cientistas da Bélgica apresentaram uma descoberta importante sobre o câncer, indicando que a presença do aminoácido aspartato no pulmão pode explicar por que mais da metade dos pacientes com câncer e metástases apresentam esse órgão afetado.
Este estudo é um passo significativo para o entendimento da biologia do câncer e sugere novas direções para o tratamento de doenças metastáticas.
A metástase é a disseminação de células cancerígenas para outras partes do corpo, além do tumor original. Cada tipo de câncer tem preferências por órgãos específicos para a metástase, sendo o pulmão um dos mais afetados, especialmente em casos de cânceres de mama, rim e esôfago.
Os pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) afirmam que as células metastáticas possuem uma proteína que age como uma chave, buscando ligantes em outros tecidos. A novidade da pesquisa está na identificação de um mecanismo molecular envolvendo o aspartato, que facilita o espalhamento das células cancerígenas.
O aspartato, normalmente presente em baixas concentrações no sangue, foi encontrado em grandes quantidades nos pulmões de pacientes com metástases, alterando a expressão genética e favorecendo a disseminação do câncer. Essa descoberta abre caminho para novas terapias no tratamento de metástases.
Embora o diagnóstico da metástase tenha avançado, ainda não existem tratamentos definitivos. No entanto, com o apoio de novas pesquisas, há a expectativa de que nos próximos anos surjam tratamentos eficazes.