Saúde

Veterinário alerta para riscos de doenças transmitidas por animais domésticos

10 de Janeiro de 2012 - Piatã

Elison diz que o contato com o animal doméstico não é muito recomendado, já que existe a possibilidade de transmissão de doenças.

A companhia de um animal doméstico dentro do ambiente familiar é muito comum. Seja cachorro, gato ou qualquer outro tipo de bicho, não tem outra, com um determinado tempo o animalzinho acaba sendo tratado como parte da família. Distribuindo muito carinho e atenção, a maioria das pessoas se apega tanto ao estimado amigo que esquece os cuidados que deve ter para não adquirir doenças.

Às vezes, abraços e beijos como demonstração de afeto podem se tornar o grande vilão dessa relação amorosa e transmitir as bactérias provocadoras das doenças, principalmente para as pessoas alérgicas. Contudo, especialistas afirmam que as chances de contração das zoonoses acontecem com mais freqüência quando o animal não é levado para o veterinário para receber os devidos cuidados, como tomar e vacinas e outros medicamentos que o deixam livre das bactérias responsáveis por transmitir a doença para o homem.

Apaixonada por animais domésticos, Maria oliveira tem quatro cachorros de estimação e garante que é atenta aos períodos de vacinação de seus cães. “Eu sempre gostei muito de cachorros e trato eles muito bem. Não é à toa que eu tenho esses quatro e todos já vacinados contra tudo”, conta.

A criadora de cachorros conta que apesar de todo carinho dado aos “pequeninos”, como costuma chamá-los, já foi mordida quando tentava soltar a pata do cão que ficou presa na grade de casa. Apesar do susto e da grande quantidade de sangue perdido por causa da profundidade do ferimento, a dona do cachorro afirma ter ficado despreocupada, já que a vacinação estava em dias. Mesmo assim, para não por em risco a mão que salvou a pata cachorro, ela resolveu procurar um médico para que lhe receitasse um remédio. “Eu fui porque foi feio o corte e ficou muito inchado, mas meus cachorros são vacinados”, afirma.

Elison diz que o contato com o animal doméstico não é muito recomendado, já que existe a possibilidade de transmissão de doenças.Elison Paranhos
O veterinário Elison Paranhos explica que uma mordida de animal deve ser acompanhada por um médico independentemente de ele ser vacinado ou não. “A boca de qualquer animal é o ambiente onde mais se concentram as bactérias, por isso, independente de o animal ser vacinado ou não contra raiva é importante que a pessoa procure um médico para fazer os procedimentos de limpeza do local”, diz.

Elison diz que o contato com o animal doméstico não é muito recomendado, já que existe a possibilidade de transmissão de doenças. Mas, por outro lado, o veterinário acredita que as chances de contrair uma doença é bastante pequena nos dias atuais. Isso se daria, principalmente, pelos avanços na área da saúde animal e pelo maior cuidado dos próprios donos em fazer consultas de rotina. “O risco, hoje em dia, de transmissão de doenças de animal para pessoa é muito pouco. Os controles, as vacinas, os remédios de verme contribuíram muito para essa diminuição. Por tanto, os cuidados que se tem com o animal, hoje, fez com que os índices de doença praticamente se extinguissem em relação aos cães que são bem cuidados”, afirma.

Toxoplasmose

Tema de pesquisa científica do veterinário, a toxoplasmose é uma zoonose transmitida através das fezes do gato. Segundo ele, as bactérias causadoras da doença também podem estar presentes em alguns alimentos consumidos pelo homem. “A toxoplasmose é transmitida de duas formas, ou através das fezes do gato ou através da ingestão de carne crua ou leite cru”, explica.

De acordo com Elison, para que as fezes do gato se tornem aptas a transmitir a toxoplasmose é necessário que os dejetos permaneçam expostos pelo menos por mais de dois dias. “Em um ambiente normal em que a pessoa tenha o mínimo de higiene, dificilmente as fezes vão ficar expostas por dois ou três dias, por isso dificilmente a pessoa vai ser infectada”, ressalta. Elison afima ainda que o maior número de casos acontece através da ingestão de alimentos contaminados. “É bem mais fácil acontecer quando a pessoa come uma carne mal passada, consome o leite que não foi pasteurizado do que, simplesmente, diretamente do gato”, garante.

Sempre que tem um tempinho, Hanna Yasmin, 15 anos, se dedica a brincar com a pequena Loly. O cãozinho da marca Yorkshire Terrier, originário da Grâ-Bretanha, é o xodó da família. “Ela gosta muito de brincadeira, é muito carinhosa e fiel aos seus donos”, diz Yasmim. Na maioria das vezes as brincadeiras são regadas a beijos e abraços, o que pode facilitar a transmissão de uma bactéria. “Mas ela é bem cuidada, vai para o veterinário sempre e toma vacina e remédio de verme sempre que necessário”, garante Adriana, mãe de Yasmim.

Investimento é saúde

Os gastos para manter os animais domésticos livres de doenças e do perigo de contaminar seus donos não custa tão caro, segundo Elison. “A média de uma consulta é de trinta e cinco a cinqüenta reais, dependendo do lugar”, diz ele. Ele diz ainda que um cachorro que não tem problemas de saúde só precisa ir ao veterinário uma vez a cada seis meses. “Por tanto, uma média de cem reais por ano, fora alguns medicamentos que também não custam tão caro”, relata.

Ele afirma que um acompanhamento médico é fundamental para uma vida saudável dos animais e da família em que o animal está inserido. “Sem dúvida é muito importante que se tenha o cuidado de levar o animal para um bom profissional. Isso vai possibilitar que se evite uma doença no animal e a transmissão de uma zoonoze para seus donos”, afirma.

Por Henrique da Mata

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