Camaçari: Empresas do ex-candidato a vereador 'Macarrão' receberam quase R$ 400 mil sem licitação

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Camaçari: Empresas do ex-candidato a vereador 'Macarrão' receberam quase R$ 400 mil sem licitação

29 de Maio de 2015 - Diogenes Matos

Anunciada com exclusividade pelo radialista Roque Santos, no Programa Acorda Bahia, na rádio Sucesso FM, veio à tona a denúncia contra o prefeito Ademar Delgado (PT), por Improbidade Administrativa ao Ministério Público Estadual. Não só isso, Ademar terá que pagar uma multa de R$ 15 mil, por conta da contratação irregular e por pagamentos imoderados pela execução de serviços de fotocópias de documentos. A denúncia não para por aí, sendo que o envolvido no escândalo é um ex-candidato a vereador nas eleições de 2012. Mais conhecido como 'Macarrão', Waldemir Ribeiro da Silva (PSD) além de funcionário em cargo comissionado de Camaçari é dono das empresas que em 2013, cobrava da prefeitura um total de R$32.744,22 em cópias mensais. Ao todo, as empresas “Waldemir Ribeiro da Silva – ME” e “Walgraph”, receberam o valor de R$392.930,71, quase R$ 400 mil reais. A denúncia: O Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia julgou, por unanimidade, parecer do conselheiro-relator Mário Negromonte sobre a denúncia dos gastos abusivos e ilegais com fotocópias na Prefeitura de Camaçari que chegou ao tribunal por iniciativa de uma cidadã do município, Nilzete dos Santos Bangues. O conselheiro Mário Negromonte destacou a flagrante intenção da prefeitura de burlar o processo licitatório, com prorrogação sistemática e sem justificativa do contrato com as empresas do servidor municipal (que depois foi afastado), destacou que os valores pagos sugerem que, apenas junto às duas empresas relacionadas, a prefeitura de Camaçari contratou nada menos que 177.361 cópias por mês, o que daria uma média de 4.667 cópias diárias – volume injustificável. Por isso, segundo ele, além de rescindir o contrato imediatamente, pagar a multa de R$ 15 mil num prazo de 30 dias, o prefeito Ademar Delgado das Chagas deve ser investigado pelo Ministério Público Estadual sobre o cometimento eventual de crime de improbidade administrativa.