Líder quilombola, Tereza de Benguela é uma das mulheres negras que movem a terra
Durante o século XVIII, liderou o Quilombo do Quariterê, no Mato Grosso, e foi responsável pela implementação de uma espécie de parlamento e de um avançado sistema de defesa. Símbolo de resistência, Tereza de Benguela dá nome ao dia de 25 de julho, data em que também é celebrado o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.
Desde 2014, o movimento de mulheres negras aproveita a celebração da data para promover o Julho das Pretas, um mês onde são reforçadas as mobilizações que destaquem e ecoem as vozes das mulheres negras no Brasil.
Inspirada nessa luta, a Terra de Direitos desenvolve, durante todo o mês, a série ‘Especial Julho das Pretas: mulheres negras movem a Terra”. Nos próximos dias, conteúdos variados com reflexões a partir da perspectiva de gênero, raça e classe serão produzidos pela organização.
Essa é uma forma de evidenciar que uma terra onde todos os direitos sejam garantidos passa por uma sociedade livre de opressões, como racismo e machismo. É também, um momento para destacar a resistência e o protagonismo das mulheres negras na construção de um país mais justo.
A Terra de Direitos participa de processos políticos e presta assessoria jurídica popular em grupos formados pela maioria ou por lideranças de mulheres negras, especialmente mulheres quilombolas e populações tradicionais. É por isso que a organização reafirma seu compromisso pela igualdade de gênero e raça, pois a considera essencial para o exercício de uma assessoria jurídica popular verdadeiramente transformadora.