Fofoca

Geddel é preso por suspeita de atrapalhar investigações

03 de Julho de 2017 - Diogenes Matos

Segundo o Ministério Público, ex-ministro do governo Michel Temer teria agido para impedir eventuais delações do ex-deputado Eduardo Cunha e do doleiro Lúcio Funaro, ambos presos.

Foi preso nesta segunda-feira (3), o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima. A decisão da prisão foi tomada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília. Geddel deve ser levado ainda nesta segunda por agentes da Polícia Federal para Brasília.

A assessoria de imprensa do ex-ministro e o diretório do PMDB, não se manifestaram sobre a prisão de seu principal líder na Bahia. Ex-deputado e ex-ministro dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer, Geddel era um principais nomes do PMDB no governo até pedir demissão, em novembro do ano passado, depois de supostamente ter pedido a intervenção do então ministro Marcelo Calero (Cultura) para liberar um empreendimento imobiliário em Salvador. À época, ele negou que tivesse feito pressão sobre Calero. No governo Temer, Geddel era um dos principais responsáveis pela articulação política com deputados e senadores.

Geddel Vieira Lima foi preso acusado de agir para atrapalhar investigações da Operação Cui Bono, que apura fraudes na liberação de crédito da Caixa Econômica Federal – o ex-ministro foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa entre 2011 e 2013, no governo Dilma Rousseff. A investigação, que se concentra no período em que Geddel ocupou o cargo, teve origem na análise de conversas registradas em um aparelho de telefone celular apreendido na casa do então deputado Eduardo Cunha.

O Ministério Público Federal (MPF) argumenta que Geddel atuou para evitar possíveis delações premiadas do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro, ambos presos pela Operação Lava Jato e também investigados na Cui Bono.

Segundo o MPF, Geddel tentou garantir que Cunha e Funaro recebessem vantagens indevidas para não fazer delação, além de “monitorar” o comportamento do doleiro para constrangê-lo a não fechar o acordo.

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