Caixa Econômica: Suíca e Ireuda cobram investigação sobre ação dos funcionários e policiais militares
28 de Fevereiro de 2019 - Redação Pernambués agora
Temos de cobrar sempre rigor nesses casos. É muito difícil que uma pessoa seja tratada desse jeito, ainda mais em um banco público
A vice-presidente da Comissão da Reparação na Câmara Municipal de Salvador (CMS), vereadora Ireuda Silva (PRB), e o vereador e membro do colegiado, Luiz Carlos Suíca (PT), repudiaram a agressão racista sofrida por Crispim Terral na agência da Caixa Econômica Federal do Relógio de São Pedro, em Salvador. Ele foi destratado pelos funcionários e covardemente agredido por agentes da Polícia Militar.
“A Caixa precisa se responsabilizar pelo comportamento dos seus funcionários. É sempre estarrecedor quando tomamos conhecimento de episódios como esse em Salvador, que é a cidade mais negra fora do continente africano. Racismo é crime inafiançável. A Secretaria de Segurança Pública e a Corregedoria da PM devem investigar os policiais com todo o cuidado e rigor. É um absurdo, uma covardia”, disse a vereadora.
Desde o início do seu mandato, Ireuda apresentou uma série de projetos voltados ao combate ao racismo, entre os quais está a indicação ao governador Rui Costa para implantar uma Delegacia Especializada no Combate a Crimes Raciais e aos Delitos de Intolerância Religiosa. Há também dois projetos de indicação ao governo federal que sugerem o aumento das penas por injúria racial e racismo.
Para Suíca, o caso em questão é um dos muitos que acontecem cotidianamente devido ao racismo que ainda impera na sociedade brasileira. “A Caixa deve rever sua postura como instituição. Os racistas, os homofóbicos, os misóginos e os agressores de mulheres estão mais agressivos. E o Brasil não é terra sem lei. Temos leis para punir tudo isso e vamos lutar diariamente para cobrar punição em cada caso que acontecer na Bahia ou no Brasil”, disse o vereador. Suíca lembrou o caso do jovem Pedro Henrique Gonzaga, de 19 anos, morto no Rio de Janeiro por um segurança de supermercado. “Mais uma vida interrompida pela ignorância”, completou.
Suíca falou sobre a importância do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que instaurou o procedimento na última terça (26), apurar a denúncia. “Temos de cobrar sempre rigor nesses casos. É muito difícil que uma pessoa seja tratada desse jeito, ainda mais em um banco público e na frente de sua filha. Isso é um absurdo!”, destacou o legislador.
O vereador disse ainda que é necessário que a lei seja mais dura para quem comete racismo e crime de injúria racial. “Até quando nossa população que é majoritariamente negra, e quem de fato construiu nossa Bahia, passará por esses tipos de constrangimentos - que são enraizados do racismo estrutural? Espero que os órgãos competentes, com brevidade, possam dar uma resposta para isso”, cobrou Luiz Carlos Suíca.
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