Da Cor da Bahia: conheça história da primeira médica negra do Brasil
10 de Novembro de 2023 - Redação Pernambués agora
Há quase 125 anos, em 1909, uma mulher nascida no recôncavo da Bahia, fez história ao se tornar a primeira médica negra do Brasil. Nascida na cidade de São Félix, Maria Odília Teixeira foi a sétima mulher graduada pela Faculdade de Medicina da Bahia. Foto: Acevo pessoal
Há quase 125 anos, em 1909, uma mulher nascida no recôncavo da Bahia, fez história ao se tornar a primeira médica negra do Brasil. Nascida na cidade de São Félix, Maria Odília Teixeira foi a sétima mulher graduada pela Faculdade de Medicina da Bahia.
Ela era filha do também médico José Teixeira e também foi a primeira professora negra da Faculdade de Medicina da Bahia.
Nesta reportagem, o g1 conta curiosidades sobre a história da primeira mulher negra a se graduar em medicina no Brasil, na Faculdade de Medicina da Bahia.
Maria Odília Teixeira nasceu em 1884, em Salvador.
Maria era bisneta de uma escravizada liberta moradora da cidade de São Félix.
Aos 13 anos, deixou São Félix e seguiu para Salvador, onde estuda no Ginásio da Bahia.
Ela era filha de um homem branco e de uma mulher negra.
O pai de Maria Odília Teixeira era o também médico José Teixeira.
Maria Odília foi primeira mulher negra a se graduar em medicina no Brasil.
Ela se formou em 15 de dezembro de 1909, com muito esforço e ajuda de seus familiares.
Apesar de médico, o patriarca da família era de origem pobre, e Maria Odília contou com a ajuda de seu irmão, Tertuliano, para concluir a faculdade.
Além do pai de Maria Odília, um dos filhos dela, dois netos e duas bisnetas da médica optaram por seguir carreira na área.
A primeira médica negra do país falava cinco línguas fluentemente.
Na academia, Maria Odília pesquisou o tratamento da cirrose.
Maria Odília também se tornou a 1ª professora negra da Faculdade de Medicina da Bahia.
Ela passou a lecionar cinco anos após conclusão de curso, na matéria Clínica Obstétrica.
Para dedicar-se à família, apesar de não haver exigência do marido, Dra. Maria Odília Teixeira abandonou a profissão médica.
A médica baiana também é emblemática quando o tema é a luta contra o totalitarismo.
Em 1937, seu marido, Eusínio Gaston Lavigne, foi destituído do cargo de prefeito da cidade de Ilhéus, na ditadura do Estado Novo.
Quase trinta anos depois, em 1964, ela viu o esposo ser preso durante a ditadura militar.
Em 2019, a história de Maria Odília foi tema de dissertação de mestrado na Universidade Federal da Bahia.
Maria Odília morreu em 1970, aos 86 anos.
Levantamento Demografia Médica do Brasil, publicado em 2020, mostra que apenas 3,4% dos concluintes de medicina em 2019 se autodeclararam da cor ou raça preta, 24,3% se declararam pardos e 67,1% se declararam brancos.
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