Janeiro eterno? Psicóloga fala sobre a percepção de tempo e os impactos na saúde mental
31 de Janeiro de 2024 - Redação Pernambués agora
Segundo a especialista, a percepção é baseada exclusivamente nas experiências e situações vividas pelos indivíduos, ou seja, janeiro não tem culpa nessa história / Foto Divulgação
Primeiro mês deste 2024, janeiro está sendo conhecido nas redes sociais como o mês que não acaba, ganhando destaque e até ofuscando seu irmão muito criticado, agosto. Apesar de possuir cinco semanas, diversas pessoas têm relatado que possuem uma impressão de que mais dias se passaram para além dos 31 tradicionais. Mesmo que haja consenso nas rodas de conversa, achar que um mês passa mais rápido ou devagar é uma noção exclusivamente subjetiva, como afirma a psicóloga clínica e do trabalho, Sandra Rêgo.
Entrevistada pelo Aratu On, a especialista tratou de explicar que o tempo não é apenas um: “É importante entender o que é o tempo. São vários tipos de tempo, o cronológico, que é o tempo seguido por tempo histórico, baseado em fatos sociais, culturais; e o tempo perceptual, que é o que cada pessoa percebe”.
Sandra afirmou que, por ser subjetiva, a percepção que os indivíduos têm se baseia em cada experiência vivenciada. “As pessoas lidam de forma diferente com o tempo e isso acontece com relação às situações, por exemplo, quando se está numa situação de medo ou de estresse, parece que aquilo não vai acabar nunca“, ilustra.
Para além das situações do cotidiano, outro fator que influencia na percepção dos dias é a expectativa colocada na linha temporal. “Se eu tenho expectativa de coisas que só acontecem depois do Carnaval, do primeiro de janeiro até o Carnaval tem mais ou menos 45 dias, aí então eu posso ficar naquela expectativa de ‘chega logo, chega logo, chega logo’ e parece que não chega nunca”, elabora a psicóloga.
IMPACTOS NO PSICOLÓGICO
Mais do que a agonia da espera pelo salário do próximo mês, a profissional da saúde conta que, dependendo da pessoa, essa apreensão de que o tempo passa mais rápido ou mais devagar pode desencadear problemas para os indivíduos, como ansiedade e estresse, bem como na interferência de percepção da produtividade e do planejamento.
“A forma como a gente percebe o tempo também pode influenciar nesse planejamento e no processo de tomada de decisão. Se você tem a sensação do tempo mais rápido, mais escasso, você pode ter uma pressão maior percebida aí para essa tomada decisão, por exemplo”.
Em casos extremos alterações psicológicas provocadas pela questão do tempo, a profissional reforça que é preciso buscar especialistas e profissionais para que se consiga se atenuar e resolver os problemas.
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