Saúde

Bahia tem mais de cem tipos de remédios vencidos

26 de Agosto de 2016 - Aline Mendes

Foram perdidos remédios usados contra doenças como pneumonia, malária, diabetes, trombose, hepatites B e C, Alzheimer, Chagas, esclerose, osteoporose, câncer, esquizofrenia, hipertensão e Aids

Gerando um prejuízo de mais de R$ 6 milhões, pelo menos cem tipos de medicamentos passaram da validade antes de chegar à população. Segundo informações do CORREIO, que teve acesso a uma planilha da Central Farmacêutica do Estado da Bahia (Cefarba), órgão vinculado à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e constatou que foram perdidos vários medicamentos. Segundo eles, remédios usados contra doenças como pneumonia, malária, diabetes, trombose, hepatites B e C, Alzheimer, Chagas, esclerose, osteoporose, câncer, esquizofrenia, hipertensão e Aids. Só com testes rápidos do vírus HIV, por exemplo, foram perdidos quase R$ 1,215 milhão. O medicamento Temsirolimus, mais conhecido como Torizel, é um dos mais caros da lista. Utilizado para evitar a rejeição do órgão em transplantes renais, o remédio custa R$ 2.047 e foram gastos R$ 94.162,92 em 46 ampolas. Na publicação, costumam faltar nos postos os medicamentos Noripurum, que serve para repor ferro no organismo dos portadores de problemas renais, e a Eritropoetina Humana Recombinante, para o tratamento de anemia de pessoas que fazem diálise. Desse último medicamento, 2.920 unidades serão descartadas por ter passado do prazo de validade. Um prejuízo de R$ 28 mil. Também foram perdidos mais de R$ 127 mil com o medicamento Palivizumabe, uma vacina contra o vírus Sincicial Respiratório, que pode ser fatal quando acomete bebês prematuros. Quase o mesmo valor (R$ 124.527,84) foi desperdiçado com Bevacicumabe, mais conhecido com Avastin, usado em tratamentos de pessoas com câncer. Do total desperdiçado, mais de R$ 3,5 milhões eram referentes a medicamentos para o tratamento de hepatites: o Telaprevir e a Alfainterferona. Para Sergio Roberto, gerente de projetos da MV, que atua com sistemas de gestão de saúde, os medicamentos venceram por uma falta de controle do lote e da validade. “A instituição que controla esses medicamentos tem a obrigação de fazer a validação constante. Com um sistema informatizado, ela tem condições de visualizar todos os produtos que estão para vencer e otimizar a rotatividade dos lotes. É um procedimento padrão nas farmácias e hospitais e não gera perdas”, afirma. Segundo ele, o fato do medicamento ter sido adquirido para um paciente específico não significa que a instituição pode deixar de ter esse controle. “Enquanto o produto está sobre a guarda da instituição, ela é a responsável pela sua validade. O gestor da Superintendência de Assistência Farmacêutica da Sesab (Saftec), Gilmar Vasconcelos, disse que a Secretaria de Saúde do Estado estava verificando internamente se a denúncia era verdadeira e “estava apurando para saber como houve o vazamento da informação”. Ele é o responsável por garantir à população baiana o acesso qualificado a medicamentos essenciais em todos os níveis de atenção à saúde. Sobre o motivo do desperdício e a possibilidade do órgão ter sido alertado pela Cefarba sobre a validade dos medicamentos, Vasconcelos informou que a secretaria só iria se pronunciar pela assessoria de imprensa. Em nota, a Sesab, por meio da Saftec, afirmou que está apurando a denúncia de medicamentos que, “supostamente”, estão com prazo de validade vencido. O órgão considera a denúncia grave e disse que abrirá inquérito administrativo para investigar o caso. remedio1

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