Saúde

Rapidinha não dá: metade dos brasileiros não está satisfeita com a vida sexual

22 de Janeiro de 2014 - Piatã

Quando o assunto é sexo, nem sempre quantidade significa qualidade. Mais da metade dos brasileiros (51% dos homens e 56% das mulheres) está insatisfeita com a própria vida sexual, embora grande parte (49%) declare manter relações mais de três vezes por semana. Os dados são da pesquisa Durex Global Sex Survey, inédita no Brasil (outros 36 países participaram) e divulgada ontem.

O estudo concluiu que as principais causas da insatisfação são a existência de problemas sexuais e, principalmente, a dificuldade em admiti-los. Tanto homens (65%) quanto mulheres (63%) disseram ter dificuldade de compartilhar, seja com o parceiro ou com um especialista, algum fator que trave a qualidade do sexo.

Entre as queixas relatadas pelos entrevistados na pesquisa, estão relações muito rápidas, pouco tempo para aproveitar preliminares e também dificuldade para atingir o orgasmo.

‘Satisfazer a parceira é uma obrigação’

Apesar dos altos índices de insatisfação, a pesquisa revelou ainda uma mudança de paradigma na forma como o brasileiro encara o prazer sexual, avaliou a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de São Paulo (USP). Sete em cada dez homens afirmaram que satisfazer a parceira é uma obrigação. A mesma regra vale para 53% das mulheres.

Embora eles queiram dar prazer a elas, apenas 22% delas disseram que sempre atingem o orgasmo, enquanto 28% contaram conseguir chegar ao clímax com mais facilidade por meio da masturbação, em vez do ato sexual.

— Ter um orgasmo depende do quanto a mulher conhece do próprio corpo e dos pontos em que gosta de ser tocada. Construir esse autoconhecimento e comunicá-lo ao parceiro é fundamental. Mas (o orgasmo feminino) também depende do homem. Se ele não consegue manter a ereção, acaba tendo muita dificuldade de fazer preliminares mais longas, o que poderia deixar a mulher mais excitada. Ou seja, cuidar para prevenir problemas de disfunção erétil e ejaculação precoce é muito importante — explicou Carmita Abdo, que analisou todos os dados da pesquisa.

Brasíl é onde mais se usa camisinha

Um dado da pesquisa considerado surpreendente foi que o Brasil é o país onde mais se usa camisinha na primeira relação: 66% dos jovens se protegem. Em segundo lugar, apareceu a Grécia (65,5%) e, em terceiro, a Coreia do Sul (62,8%).

No entanto, a maioria dos brasileiros abre mão do preservativo quando está em um relacionamento estável. Ao longo da vida, apenas 48% da população é fiel à camisinha (considerando-se a versão masculina do produto).

— Isso mostra que as pessoas confundem relação estável com exclusiva. Elas acham que não tem perigo. Acredito que este número indica que precisamos reforçar que os preservativos estão acessíveis nos postos e que o uso da proteção deve ser um hábito — ponderou a psiquiatra Carmita Abdo.

Uma das maiores polêmicas diz respeito ao ato sexual no primeiro encontro: 39% das mulheres e 24% dos homens desaprovam. *Extra Globo.

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