Cultura

29 de janeiro, saiba por que é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans

29 de Janeiro de 2019 - Redação Pernambués agora
[29 de janeiro, saiba por que é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans]

O Brasil no topo do ranking de países com mais registros de homicídios de pessoas transgêneras

No dia 29 de janeiro é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans, data oficializada pelo Ministério da Saúde. Foi nesse dia no ano de 2004 que 27 travestis, mulheres transexuais e homens trans entraram no Congresso Nacional em Brasília para lanças a campanha “Travesti e Respeito”, do Departamento de DST, AIDS e Hepatite do Ministério da Saúde. A campanha foi pioneira por ser a primeira feita pelas próprias trans para a promoção do respeito e cidadania.
A luta contra a transfobia é extremamente necessária tendo em vista que o Brasil é o país que mais mata essa classe em todo o Mundo. O Brasil assassinou ao menos 868 travestis e transexuais nos últimos oito anos, o que o deixa, disparado, no topo do ranking de países com mais registros de homicídios de pessoas transgêneras, conforme dados publicados pela ONG Transgender Europe. O segundo colocado é o México, com 259, menos de 1/3 das mortes do Brasil.

Mas o que é ser Trans?
Ser trans é dito popularmente como sentir que “nasceu no corpo errado”. Mas o que seria nascer no corpo certo? Todos nascemos com cabelo, pele e aparências físicas que não podemos controlar, mas que não nos limitam quando se tratam de nossa personalidade, gostos e preferências.
Por isso, antes de falarmos sobre pessoas trans, precisamos aceitar o fato de que o nosso corpo não é um limite para a nossa personalidade, e que o nosso órgão sexual faz parte de uma estrutura física, não psicológica.
Uma pessoa “trans” é, portanto, uma pessoa cuja identidade de gênero, masculino ou feminino, é diferente de seu corpo. Isso nada tem a ver com a sexualidade em si: é o que se vê no espelho que não bate com o que está na mente. A transsexualidade, antes de tudo, é um conflito interno. É quando a pessoa trans percebe que não se é aquilo que pensava ser.

Visibilidade e Apoio
A classe transgênera, tanto masculina quanto feminina, sofre com a invisibilidade social. A maioria das mulheres trans, principalmente, cedem à prostituição por não terem apoio familiar de qualidade ou oportunidades de trabalho por conta do preconceito social que é imposto contra elas. Os homens trans, também são “invisíveis”.

Além disso, grande parte da população trans não passa dos 35 anos, metade da expectativa de vida das pessoas cisgênero, que é de 70 anos. A maioria das mortes é fruto de violência. Em 2018, foram registradas as mortes de 167 casos de morte de homens e mulheres trans.

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