Política

“Fiz um governo semiparlamentarista, trouxe o Congresso para governar comigo’ diz Temer

17 de Dezembro de 2018 - Redação Pernambués agora
[“Fiz um governo semiparlamentarista, trouxe o Congresso para governar comigo’ diz Temer]

O presidente, Michel Temer (MDB), afirmou ao programa Poder em Foco, no SBT, que fez um governo “semiparlamentarista”

 “Eu fiz um governo semiparlamentarista e trouxe o Congresso para governar comigo. Algo que, no passado, não acontecia”, afirmou na entrevista veiculada na madrugada desta segunda (17).

Ainda sobre seu estilo de governar, Temer ironizou a expressão “toma lá, dá cá”. “Não tem nada de toma lá dá cá. Essa história foi criada. As pessoas não percebem que as emendas parlamentares são impositivas, ou seja, são obrigatórias, não cabendo negociação posterior”, afirmou sem se prolongar na explicação do funcionamento dessas emendas.

Ele também minimizou os protestos que recebeu logo após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. “Eu apanhei o governo numa situação de muita contestação. Quando o presidente é impedido, assume o vice, com toda naturalidade”.

Temer, porém, elogiou Dilma “moralmente”: “Eu tenho a impressão de que ela é uma senhora correta, honesta. Eu não tenho essa impressão de que ela seja alguém que chegou ao governo para se apropriar das coisas públicas”, disse. “Nunca tive essa impressão e confesso que continuo não tendo”, concluiu.

“Na democracia é assim: Há um momento em que o povo quer mudar tudo. Quando Lula foi eleito, foi assim. E mudaram. E essa mudança persistiu por vários anos. Agora, optou-se por uma forma ‘contra tudo que estava aí'”, comparou. Para ele, o próximo governo vai manter as reformas que implantaram ou, até mesmo, ampliá-las. “E eu acho que o governo Bolsonaro vai votar [a Reforma da Previdência] no começo do ano que vem”.

A respeito das denúncias que pesem contra si, Temer negou que irá para Portugal após o fim de seu mandato, disse que ficará em sua casa em São Paulo (SP) e se mostrou confiante em relação às denúncias que recebeu.

“Quando eu sair da Presidência o foco não será mais político, vai para o foco jurídico. Não há nem preocupação minha, nem dos advogados. Essa denúncia gerou duas manifestações da Câmara como se fosse um pedido de impeachment. E o que a Câmara fez? Negou”, afirmou o presidente.

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